Caracterização
Mede 13 cm, adicionando-se mais 2 cm ao prolongamento das
retrizes medianas. O macho é um azul celeste e cauda pretas tendo, no alto da
cabeça, uma coroa vermelha brilhante. Na cauda, as duas penas centrais
projetam-se além das outras. A fêmea é verde escura, reconhecida por um ligeiro
prolongamento da cauda. Os machos imaturos são totalmente verde-oliva, mas
alguns jovens podem ser distinguidos das fêmeas devido ao vermelho na fronte,
que adquirem antes da troca de plumagem do restante do corpo.
Habitat
Habita as matas densas. Vivem no estrato médio da mata. E
também são encontrados à beira de núcleos urbanos do sudeste do país, o que
contribui para a sua populariedade.
Distribuição
Pode ser encontrado na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro até o
Rio Grande do Sul. No Estado do Pará, mais precisamente no Nosdeste paraense há
grande ocorrência dessa ave principalmente na região do alto rio marapanim.
Hábitos
Voam bem, mas usualmente não deixam a mata frondosa, alguns
revelam-se verdadeiros acrobatas quando exibem-se nas cerimônias pré-nupciais;
os movimentos tornam-se mais ligeiros nos machos, menores e mais leves na
fêmea.
Pegam formigas para friccioná-las nas asas
e na base da cauda, utilizam as formigas na higiene da plumagem, esfregando os
insetos vivos nas asas para gozar o efeito do ácido fórmico, atividade que é
tratada como "formicar-se".
Alimentação
Comem bagas, frutas, tiram pequenos pedaços. Apanham pequenos
insetos, vermes e aranhas nas folhas.
Reprodução
No período de reprodução, os dançadores machos executam
verdadeiras danças diante das fêmeas. Vários enfileiram-se num galho e
exibem-se, um de cada vez, diante da fêmea. Depois de executarem o ritual, cada
macho vai ao fim da fila e espera a sua vez para exibir-se novamente.
A fêmea tem o seu próprio território ao
redor do ninho. Constroem uma cestinha rala que é fixada a uma forquilha,
muitas vezes por negros micélios de fungos, que podem prender o ninho
como uma cortina, quebrando o seu contorno e mimetizando-o; utilizam teias de
aranhas, em boa qualidade para colar o material da construção a qual muitas
vezes está situada a uma altura relativamente grande, perto d'água e até sobre
ela.
Põe dois ovos, são de fundo pardacendo com
desenho pardo-escuro. A incubação é executada com dedicação pela mãe, é de 18
dias e os filhotes abandonam o ninho em 20 dias, quando começam a se
alimentar e a se defender sozinhos.
Manifestações sonoras
As suas manifestações sonoras cerimoniais é marcada com forte
"drüwed". A musiquinha começa num "tiu-tiu", passa para um
"trá-trá", com os tangarás voando, fazendo evoluções e pousando nos
galhos um junto ao outro, depois que cada um termina a sua parte na dança, que
costuma durar de quinze minutos a meia hora. Após a dança, ou antes dela,
o macho às vezes persegue uma fêmea, emitindo uma série de "trrrrs".
A espécie dispõe de um assobio de
advertência: "dwüd", dwüod".
Denominação
O termo "tangará" deriva do tupi "ata" -
andar, "carã" - em volta; seria equivalente ao "Saltarin"
castelhano.
O nome do Grupo de Carimbó de Cristolândia: ‘Tangará da Serra’
O grupo recebe esse nome em
homenagem a essa ave, pois há ocorrência da mesma em nossa comunidade. O nome
foi dado por Dona Vitalina, componente
do grupo. E isso ocorreu no ano de 2011 não apenas pela belza de plumagem e do
canto que a ave tem, mais também pela formação geológica que a comunidade de
Cristolândia apresenta: composta de morros e pequenas serras, às margens do Rio
Marapanim o que lhes propicia clima agradavel e aconchegante. Assim também pensa o amigo carimbozeiro Izaac
Loureiro:
“A Vila de Cristolândia é uma típica comunidade de agricultores, cercada
de mata nativa e com um relevo cheio de colinas e pequenos montes que lhe dão
um raro clima de montanha. Isso explica o nome escolhido para o grupo de
carimbó local: O Tangará da Serra.”
(Isaac Loureiro – Campanha do Carimbó
24/07/2014)
Bibliografia
Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira".
Marco Antonio de Andrade, 1997. "Aves Silvestres - Minas Gerais".
Marco Antonio de Andrade, 1997. "Aves Silvestres - Minas Gerais".
http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/tangarad.html
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