quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O CORPO MATÁVEL EM QUATRO ROMANCES DE NENÊ MACAGGI

MsC. Huarley Mateus do Vale Monteiro (UERR)

Os estudos pós-coloniais, que seguem a linhagem de G. Agamben, é possível abordar o corpo como um dos desdobramentos da biopolítica na configuração histórica da sociedade ocidental. As tensões geradas a partir dessa categoria apontam rastros de elementos históricos. Partindo dessa linha de entendimento os romances de Nenê Macaggi (A mulher do Garimpo: o romance no extremo sertão do amazonas (1976/2012), Dadá Gemada, Doçura amargura: romance do fazendeiro de Roraima (1980), Exaltação ao verde (1984), Nara-Sue Uarená: o romance dos Xamatautheres do Parima (1988)) trariam apontamentos do que G. Agamben considera como ‘vida matável’. Assim, busco indícios de como esta categoria potencializa entendimentos de corpos (in)dóceis enquanto elementos de resistência. É a partir da materialidade literária que configuramos os alinhaves metodológicos que ganham sustentação pontualmente em G. Agamben (2002, 2017) e Sarmento-Pantoja (2009, 2011, 2012, 2013, 2014); mas que traz ressonâncias dos escritos de M. Foucault (1977, 1979, 1986) e R. Esposito (2011).

(IV JORNADADE ESTUDOS DE LITERATURA DE RESISTÊNCIA (UFPA-ABAETETUBA (04 a 08/12/2017))

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